São Tomé e Príncipe voltou a marcar presença neste salão que decorre anualmente em Paris, com os franceses a quererem conhecer não só o cacau, mas também as ilhas, e com o Brasil a mostrar que mais de quantidade, pode produzir cacau de qualidade que surpreende os mais gulosos
Com mais de 500 profissionais do chocolate, entre eles 200 chefes de pastelaria vindos de 60 países diferentes e com expositores de todo o globo, esta mostra é a maior Mundial de chocolate e de cacau, atraindo todos os anos milhares de visitantes a Paris. Entre as presenças de maior relevo, destaca-se São Tomé e Príncipe.
“São Tomé e Príncipe está presente no Salão de Chocolate de Paris há 27 anos, desde a primeira edição. Somos o único pías que vem sempre, isto de maneira a que os franceses conheçam o país através das nossas ilhas, mas também através do chocolate“, declarou Jean-Pierre Bensaid, consul-honorário de São Tomé e Principe em França.
Este ano, a participação do arquipélago correu “muito bem”, com as vendas de produtos de chocolate a reverterem a favor da Fundação Micondo, uma iniciativa conjunta de Jean-Pierre Bensaid e do grupo musical Calema, que visa melhorar as condições de vida dos são-tomenses que vivem e trabalham nas roças de cacau, redinamizando a agricultura e promovendo o artesanato local.
Também o Brasil é uma grande presença neste salão internacional, com os chocolates Mestiço a marcarem presença pela primeira vez com um stand. Com o cacau produzido numa roça na Bahia e a fabricação a decorrer em São Paulo, Rogerio Kamei, fundador e proprietário dos chocolates Mestiço disse que o Brasil começa a ser reconhecido pela qualidade do seu cacau.
“Hoje o Brasil tem muito cacau, mas o cacau do Brasil, em média, não é reconhecido como um bom cacau no Mundo, mesmo que já haja algum reconhecimento. No nosso caso, nós também somos finalistas com o cacau da fazenda de um concurso no Brasil e se ganharmos ou ficarmos bem posicionados no Brasil, para o ano estaremos aqui em Paris, representando o Brasil neste salão”, indicou Rogerio Kamei.
Para os chocolates Mestiço, a vinda a Paris já valeu a pena, com muitos interessados em revender este chocolate gourmet vindo do outro lado do oceano Atlântico, mas também em comprar o cacau excedente da fazenda de Rogerio Kamei.
Fonte: RFI
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