No Projeto de Irrigação Tabuleiros de Russas, o desembargador Franzé Gomes surpreendeu-se com a ótima qualidade do cacau e do chocolate cearenses.

Numa visita feita de surpresa, o desembargador Francisco José Gomes da Silva, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 5ª Região, conheceu, na semana passada, o Projeto de Irrigação Tabuleiros de Russas, onde, em uma área de 4 hectares, a empresa Frutacor, do fruticultor João Teixeira, em parceria com a Embrapa, desenvolve um projeto-piloto de produção de cacau.

Guiado pelo engenheiro agrônomo Erildo Pontes, especialista em irrigação e fruticultura e coordenador de Recursos Hídricos da Secretaria Executiva do Agronegócio da Sedet, o desembargador Franzé Gomes, como é carinhosamente tratado pelos seus pares do TRT-Ceará, admirou-se com a qualidade do cacau cearense e, principalmente, com a do chocolate que dele produz, em Limoeiro do Norte, o agrônomo Diógenes Abrantes, um PHD em manejo de solo e água e consultor em cacau no semiárido.

O Projeto de Irrigação Tabuleiros de Russas, administrado pelo Dnocs, tem, em sua primeira etapa, uma área irrigada de 10.600 hectares, que se localizam na geografia dos municípios de Russas, Morada Nova e Limoeiro do Norte.

É nele que o Ceará também produz cacau com muito sucesso e, se houver mais investimento privado, tem tudo para ganhar escala e, em médio prbazo, rivalizar com a Bahia e o Pará, que lideram a produção nacional.

Erildo Pontes informou que a visita do desembargador Franzé Gomes ao Projeto de Irrigação Tabuleiros de Russas foi feita na área que abrange o município de Russas, onde a Frutacor também cultiva banana e cajueiro anão precoce, sendo que, neste caso, a Frutacor já conseguiu ampliar para 8 meses a safra da suafloresta de cajueiros.

“Isso tem sido possível, graças ao uso de alta tecnologia”, como disse Erildo Pontes ao desembargador Franzé Gomes.

Ele também revelou ao desembargador que a industrialização do cacau produzido no Tabuleiros de Russas está indo bem:

“Toda a produção do chocolate oriundo do cacau produzido pela Frutacor é vendida e consumida na região do Jaguaribe”, acrescentou Erildo Pontes, lembrando que se trata de um projeto-piloto que “tem tudo para ser ampliado e ganhar escala no campo e na indústria”.

Fonte: Diário do nordeste