A meta é chegar a 2025 com um cacau 100% sustentável. Em 2023, a meta é 61%

A gigante do setor de alimentos e de bebidas Nestlé vai investir R$ 20 milhões ao longo de 2023 para ajudar produtores brasileiros a terem uma cadeia de cacau mais sustentável. A aplicação dos recursos já começou, desde o fim do ano passado, e ele é voltado para estimular técnicas e soluções que aumentem a produtividade.

Pode parecer pouco, se comparado ao tamanho da empresa, mas o valor investido neste ano é o maior da história da companhia. A previsão é de que o orçamento anual aumente gradativamente. A meta é chegar a 2025 com um cacau 100% sustentável dentro da Nestlé. Para isso, precisa passar pelo objetivo deste ano, que é de 61%.

Mariana Marcussi, head de Marketing de chocolates na Nestlé Brasil, explica que a empresa tem 3.500 fazendas certificadas e que a maior parte do valor do investimento vai ser direcionado a ferramentas tecnológicas, de análise de produção e diagnóstico para entender a realidade dos produtores. Há também espaço para aumentar o número de parceiros.

No Brasil existem mais de 90 mil produtores de cacau concentrados na Bahia e no Pará. A Nestlé compra 40 mil toneladas de amêndoa de cacau por ano.

“Como somos o maior comprador de cacau do país, temos a responsabilidade de mudar o setor. Todo o processo tem uma cadeia muito longa e precisamos chegar mais rápido ao produtor. Temos assistência técnica, por exemplo, para aqueles produtores descapitalizados. Junto com os nossos intermediários, queremos recrutar mais fazendas”, explica Mariana Marcussi.

 

Cocoa Plan

Os recursos aplicados e direcionados para um cacau mais sustentável fazem parte de um plano global da Nestlé chamado Cococa Plan. O projeto chegou ao Brasil em 2010 e  incentiva práticas da agricultura regenerativa na cadeia do cacau para ter uma produção mais sustentável, com práticas que recuperam o solo, os recursos hídricos e a biodiversidade.

Atualmente, as marcas Kit Kat, Alpino, Talento, Prestígio, Baton e Chocolate em pó Dois Frades são produzidas com cacau sustentável adquirido por meio do programa.

Fonte: Exame

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