Entre outros fatores, compras externas contribuem para atender à demanda de clientes internacionais e auxiliam indústria na redução da capacidade ociosa
Depois de apresentar aos leitores um panorama da produção nacional de amêndoas e o volume de recebimento nacional das indústrias dos últimos cinco anos, a série especial “Na Trilha do Cacau” traz em seu último card de 2021, informações sobre a relevância das importações de amêndoas para o funcionamento da indústria moageira. Isso porque enquanto a capacidade instalada da indústria é de 275 mil toneladas, a média de recebimento nacional dos últimos cinco anos não passou de 166 mil toneladas. Essa diferença faz com que as indústrias precisem recorrer às importações, pois só assim é possível atender aos clientes internacionais, que adquirem derivados fabricados no Brasil.
Além de atender à demanda externa por derivados, a importação também auxilia as indústrias na manutenção de suas operações dentro de patamares saudáveis. “Se as indústrias operassem apenas com o volume do recebimento nacional, a capacidade ociosa das fábricas seria próxima de 40%, inviabilizando as operações no Brasil. Isso geraria perdas para toda a cadeia”, pondera Anna Paula Losi, diretora-executiva da AIPC. Para ela, o caminho para reduzir o volume das importações nos próximos anos passa obrigatoriamente pelo fortalecimento da produção nacional e melhoria da qualidade das amêndoas.
O material traz ainda um gráfico comparando o volume de amêndoas importadas equivalente e o volume de derivados exportados, destacando que 100% das amêndoas importadas pelas moageiras via drawback são obrigatoriamente processadas e exportadas sob a forma de derivados.
Sobre a série:
A série “Na Trilha do Cacau” é produzida pela Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC). Com um total de nove cards, os episódios da série são lançados todas as quintas-feiras. O especial conta a trajetória do setor desde a década de 1980, quando o Brasil era um dos maiores produtores de cacau do mundo, até o impacto da vassoura-de-bruxa, que fez com que o País passasse a oscilar entre a sexta e sétima posição no ranking mundial de produção de amêndoa. Traz ainda explicações sobre o funcionamento da cadeia, seus desafios e as perspectivas para o setor. As postagens da série estarão disponíveis para download no site da AIPC: www.aipc.com.br/