Os impactos positivos na produtividade do cacau já são sentidos no Território Baixo Sul após dois anos de execução do programa Cacau Mais, uma iniciativa do Consórcio Intermunicipal do Mosaico das APAS do Baixo Sul (Ciapra Baixo Sul) que conta com o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR). Nesta terça-feira (14), esse crescimento pôde ser visualizado pelo público do II Seminário de Sensibilização e Resultados do Programa Cacau Mais, na sede da Área de Proteção Ambiental (APA) do Pratigi, em Ibirapitanga, quando a SDR também finalizou a entrega de 30 motocicletas para o Consórcio, provenientes de um convênio com a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) e a Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater).

Com investimento de cerca de R$ 5,7 milhões, o convênio está beneficiando 2,4 mil agricultores familiares, entregando, ao todo, 7,2 mil análises de solo, 4,8 mil toneladas de calcário, 2,4 mil toneladas de gesso agrícola, 500 mil mudas de cacau certificado, assistência técnica para mil regularizações fundiárias e mil regularizações de Declarações de Aptidão ao Pronaf e Cadastro Nacional da Agricultura Familiar, além de tablets e veículos para os trabalhos de extensão rural realizados por 40 técnicos, que também receberam fardamentos, mochilas e outros itens laborais.

Para o titular da SDR, Osni Cardoso, a parceria fortalece a economia do Baixo Sul e contribui para o combate à fome. “Um evento de formação, interação e de prospectar, inclusive, novos investimentos para agricultura familiar do Estado da Bahia, pensando em como cuidar dos Povos das Matas e dos nossos investimentos na estratégia com os Consórcios. São entregas diretas para os agricultores familiares e na estrutura do Consórcio nas prefeituras. Nós vamos continuar apostando nisso porque a gente compreende que essa estratégia é fundamental para produzir alimentos, garantir renda e, obviamente, diminuir a fome na Bahia e no Brasil”, destaca o Secretário da pasta.

“Um investimento grande do governo do Estado. São mais de R$ 5,7 milhões investidos em contratação de técnicos, calcário, análise de solos, combustível, aluguel de carros, gesso, mudas, tudo para aumentar ainda mais a produção do cacau, a sua qualidade, a conservação desse bioma tão importante que é a Mata Atlântica, a entrega das motos e tablets tão importantes para uma Ater de qualidade, uma extensão rural que liberte, que emancipe os agricultores e agricultoras familiares em todos os territórios da Bahia”, completa o Superintendente da Bahiater, Lanns Almeida.

De acordo com o Diretor-presidente da CAR, Jeandro Ribeiro, a parceria entre SDR, CAR e Bahiater com o Ciapra Baixo Sul rende uma série de benefícios para a agricultura familiar baiana. “Foi uma discussão riquíssima com o Ciapra, já apresentando resultados do Cacau Mais, uma parceria onde 2,4 mil agricultores familiares estão sendo beneficiados diretamente e os resultados apresentados, após dois anos de execução desse convênio, são maravilhosos: efetividade no ganho da produtividade, o controle social sobre a execução das políticas públicas e, sobretudo, a preservação ambiental que está sendo feita através da cultura do cacau”, avalia o gestor.

O convênio garante assistência técnica e extensão rural de janeiro a dezembro, focada no sistema produtivo do cacau, nos diversos sistemas de cultivo, como cabruca, agroflorestas, cacau a pleno sol, tendo como meta aumentar a produtividade, sair da média de 14 arrobas por hectare e chegar a 80 arrobas por hectare em três anos. “É de suma importância essa parceria da Bahiater, da CAR, SDR, do Governo do Estado, em apoiar os homens e as mulheres do campo, especialmente do cacau do Baixo Sul. Tenho certeza que a gente vai dar grandes resultados”, finaliza o Presidente do Ciapra Baixo Sul, Leonardo Cardoso. Participaram do seminário representantes do Ministério da Agricultura, da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Associação das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), CocoaAction Brasil e Centro de Inovação do Cacau (CIC).

 

Fonte: SDR

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